Sábado, 24 de Julho de 2004
Esquecemo-nos de nós e dos outros, dos que vivem ao virar da esquina. Esquecemo-nos correndo com o Tempo entre o deserto e a terra. Na azáfama do nosso quotidiano, esquecemo-nos de dar tempo ao tempo, de dar tempo aos outros, do nosso tempo.
Um tempo para os outros, um tempo para nós, para as vidas que compõem as nossas vidas. Um tempo que foge sempre ao sabor do vento.
Muitas vidas conhecemos no tempo das nossas vidas. Algumas completam-nos, outras fogem-nos e entregamo-nos ao vazio inesperado e por falta de tempo, julgamo-nos incapazes de abraçarmos decisões e seguir em frente.
Há sempre falta de tempo quando pensamos com a razão e nos esquecemos da compreensão, ou quando o coração se remete a um silêncio perpétuo.