Bebo das tuas palavras a magia
insensata,
a insensatez da nudez perdida. Nunca tiveste fidelidade
na alma, nem tão pouco no corpo esse objecto do diabo
Separam-se vidas resultados das atitudes, lágrimas
ausentes de sentimento
fingimento obscuro
seriedade disfarçada
Procuras o fim
sem destino
Talvez a cobrança chega tarde
numa velhice de folhas cegas entregue ao arrependimento sentido.
Haja o que houver não te posso perder
Nem tão pouco nos sonhos que são pesadelos. Tu fazes parte de mim e eu de ti. Somos a curva perfeita no desalinhar do tempo. Eu Envelheço, tu amadureces. Sou o tronco tu as raízes. Cada lágrima minha morre no teu sorriso.
Sinto-me incompleto
Incompreendido
Sentes o meu desassossego?
Um dia voarei como um anjo procurando por mim no teu olhar. Talvez facilmente me encontrarás quando olhares para o espelho serão dois retratos;
O meu
E o teu
Haja o que houver.
... São os livros, são fenómenos fechados,
bibliotecas destruídas,
notas de música de uma guitarra envelhecida
Vozes enclausuradas num mosteiro de amor e oração
Aonde está a oração?
Sente-se o vazio
Sente-se a ausência dos olhares enternecidos
Aonde está o abraço?
Pedido Recusado Lírios secam a porta de um cemitério
Levaste-me o olhar
Meus filhos Minhas
Eternas lágrimas.
5 vidas nos meus braços
Amor único
Sensatez sentida,
Vozes, sorrisos e abraços.
Uma sala, uma mesa única
Olhos reluzentes, olhares suaves como as asas de uma borboleta
Sublime
Encantadores
São vidas de estórias diferentes num amanhã promissor
Filhos são o nosso amanhã de esperança.
Um corpo
Crucificado
Lágrimas de uma biblia aberta
Despojado
Torturado
A tua luz não conseguimos tirar de ti
Santo Espírito Santo
Uma túnica sagrada cobre o caminho da salvação
Gosto de ti assim.
Com a lua invejada e ciumenta
Com o vento entrelançando a poeira vespertina
nos olhos cegos e mortos de lágrimas sem nome
Tua essência
minha essência
Aonde os anjos adormecem marcamos um encontro.
De ti
Espero tudo
a salvação
o perdão
Os beijos cessam
Atravessam
Almas
Numa calmaria interessante
Incessante.
Despida, são obras de poemas
Abraçadas a quadros sem pintores
A poemas sem poetas
Até a madrugada chegar com olhos de aurora.
Os natais são diferentes em alguns lugares do planeta
Coloridos e reluzentes em alguns tristes e enfadonhos em outros.
Enfeitam-se ruas, limpam-se estradas, pintam-se árvores
e correm-se para lojas... Consumos exagerados
exacerbados. Na religião espera-se o Salvador, Jesus Cristo
e seu nascimento, oferenda dos três reis magos, segundo a profecia,
numa manjedoura com o feitio do meu coração.
Lá fora perto de mim, mesas vazias, olhares cabisbaixos,
corações abertos.
Há palavras que trazem os abraços perdidos na memória do tempo.
Qual cobertor aconchegante...
Qual lua encantadora.
Desconcertante poema
Emblema de uma nação .
Partiu um coração.
Vejo-te de olhos fechados
Tenho o peito aberto
Dorido
Sofredor... Sorrisos de lágrimas.
Vejo-te com os olhos de girasol, colorindo como o arco-íris. Tilintam gotas de água, salpicos de amor, de sereias que se despem num rio de água salgada.
Vejo-te agora num raio de sol
Um abraço.
Foram-se as palavras
ficaram os abraços, tempestades de sentimentos
aglomerados num baú envelhecido.
Hall de entrada, de retratos que amam uma casa,
puxadores nas portas de várias mãos, de vários olhos
vedados, dois braços abertos, um abraço que se esconde,
lágrimas amanhecem
caem como folhas secas
tilitam como gotas de água de uma torneira mal fechada.
Adeus sem palavras
silêncio sentido, no logradouro esverdeado,
vidas como um baloiço, carrocel imparável.
Talvez amanhã... Em plena madrugada, ouvir-se-á a voz
do abraço.
Minúsculas lágrimas, caem no rosto enrrugado,
travesseiro esquecido.
Espasmos musculares, suores frios numa noite quente
Toma o meu corpo... Não me pertence.
Dá janela entreaberta, luar triste e tímido ilumina o quarto triste.
Paredes escuras abrem-se de recordações, de alegrias soltas.
Adeus... Amanhã voltarei... A mesma hora, no mesmo dia,
desta vez não será no passado mas sim no futuro e tudo será
diferente.
O cacimbo das palavras
Abraço teu
Meu
Vem, deita-te no meu colo.
Aconchega-te
Sente-me
Sente-te
Reciproco sentimento
Emoções
No meu silêncio
Protejo-te
Protejo-vos
Um momento
Com o teu nome.
"Vais deixar
que me pisem,
que me humilhem,
que me tirem a dignidade,
Vais deixar?
Faça-me como uma planta em pleno deserto
Faça-me como uma vela acesa desafiando
o vento.
Vais deixar
que me desvalorizem (pessoal e profissionalmente)
que me tirem o que é meu, só meu e que me deste...
Vais deixar que eu morra por dentro
lágrimas secas repletas de dor.
Vais deixar
que eu sinta o preconceito e as escolhas
Essa vida não é minha... A ti pertence.
Por isso
Faça-se em mim a Vossa vontade.
Diz-me aonde vais e eu Seguir-te-ei."
É noite de vento... Sem temporal e trovoadas.
De gatos nos telhados,
de árvores que se despem como amantes
que traem o amor que dizem que amam.
Conflitos internos, de pensamentos que voam,
separação presente de vidas que insistem viver
dentro de vidas abertas para o mundo
Amanhã, a mesma hora, do dia diferente
os sentimentos lutam a margem da aceitação.
Quando parece claro
luzes se apagam no intercalar
da noite quando a lua se despede
para o dia seguinte.