As tardes que caem nos lagos azuis madrugadas que nascem nos olhares das borboletas. Pétalas espalhadas no chão arrastadas pelos braços do vento. Amargura de um coração que se entrega a dor de um sentir, não pedido, destruido como a tempestade quando destroi a terra...
Os sonhos das flores quando sentem o beijo do Sol. Abrem-se como uma rendição completa. Folhas de jornais espalhadas nas ruelas, molhadas pelas gotas de água que timidamente caem do Céu. Uma oração no silêncio das lágrimas. Um pedido. Alguém por ali passou sem ser visto. Alguém já viu uma alma? Esse recomeço de tudo que fora o passado, ausente, distante. No seu silêncio voa nas asas do tempo. Abrem-se os olhos da realidade numa tarde de um adeus que nunca fora dito... O passado mora do outro lado da rua, de uma rua sem nome.
Vem a chuva que se pede, caindo no seu esplendor. Não em todos os lugares, mas algures. Não aqui que abro os braços e espero ardentemente esse beijo que foi num sonho que morreu antes de ter sonhado.
Se canto a música da chuva as flores sorriem.
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. Eu amo a chuva que cai em...
. Um corpo
. De ti
. Até já